Alguns anos se passaram e Gina mudou de atitude. Daquela menina sensata e quieta, não havia sobrado muito. No fundo era apenas revolta; um descontentamento que não a deixara em paz. Passou da mansidão, à rebeldia. Muitos namorados passaram em sua vida. E, aos 15 anos, namorando um homem maduro, com a vida arrumada, decidiu enfrentar a família que era contra, e casar.
Fora um casamento simples, sem recepção, sem nada. Apenas algumas pessoas das famílias. Por dois anos ele foram felizes, mesmo com a intervenção permanente das mães, insatisfeitas com a união, até que finalmente conseguiram separar o casal. Ele maduro, apaixonado e seguro das atitudes, lutou tentando evitar. Mas, ela muito menina, sem a menor experiência, sem vivência nenhuma, foi convencida de que o melhor seria que cada um, vivesse sua vida. E assim, fora mais uma decepção, mais uma atitude que a levaria a um arrependimento enorme!
Voltara a viver a sua vida em casa dos pais. Passara a frequentar a escola que havia abandonado, por ocasião do casamento. Procurava de todas as formas, não pensar no que havia feito, mas, à noite, quando colocava a cabeça no travesseiro, vinham as lembranças, a saudade e as lágrimas escorriam, sem que pudesse controlar.
Sempre fora uma mulher vibrante! Gostava de viver e vivia as emoções intensamente! Amar e ser amada, sempre foram seus maiores sonhos. Nunca teve grandes pretensões, nem ambições. Era uma mulher com alma de menina; romântica e sonhadora. A vida pra ela não precisaria ter muito, principalmente luxo. Porém, sempre fora de intensas paixões. E seu corpo queimava! Gina não era bonita, mas tinha uns olhos e um sorriso que chamavam atenção. Naquela idade, com o frescor da juventude, chamava atenção nos lugares que frequentava.
A rua onde marava não era bem iluminada, mas havia um encanto diferente; as pessoas se conheciam, conversavam, como nas cidades do interior. Todas as noites ela, a irmã e uma amiga, se reuniam na porta do prédio em que moravam e sentadas na escada, passavam horas a cantar e tocar violão.
Do outro lado da rua, morava uma família, que num dia desses comuns, em que cantavam, chamou atenção de um modo meio estranho da receptividade dos demais; uma senhora, do cabelo curto, totalmente grisalho, de uma hora pra outra, saiu e gritou com elas, que fossem cantar em outro lugar. Dessa forma, veio a perceber, um outro morador, seria o filho caçula. Olhou pra ele e sorriu. Sentiu a mesma receptividade dele. Um clima estava pairando no ar, mas nada que fosse além. Por diversos dias, trocaram olhares, sorrisos e discretas palavras. Num desses dias, ela decidiu que iria cumprimentá-lo, quando fosse até a garagem pegar o carro, era um carro wolksvagem branco, 5677, como era costume todos os dias.
Foi uma decisão acertada, pois ele estava feliz. Tratou-a com muito carinho e marcaram outro dia para conversarem, demonstrando também, que se interessara por ela. Antes desse encontro, sempre que se encontravam, os olhares se cruzavam. A química era perfeita e era difícil, esconder o que estava acontecendo. finalmente chegara o dia em que marcaram; ele parou o carro e a chamou pra conversar. E assim começou um romance marcante em sua vida.
Ela boba, se deixou levar pela paixão e viveu com ele o mais lindo romance, sem notar as estranhezas que o fazia não ter muito interesse em estar com ela em público.
Do outro lado da rua, morava uma família, que num dia desses comuns, em que cantavam, chamou atenção de um modo meio estranho da receptividade dos demais; uma senhora, do cabelo curto, totalmente grisalho, de uma hora pra outra, saiu e gritou com elas, que fossem cantar em outro lugar. Dessa forma, veio a perceber, um outro morador, seria o filho caçula. Olhou pra ele e sorriu. Sentiu a mesma receptividade dele. Um clima estava pairando no ar, mas nada que fosse além. Por diversos dias, trocaram olhares, sorrisos e discretas palavras. Num desses dias, ela decidiu que iria cumprimentá-lo, quando fosse até a garagem pegar o carro, era um carro wolksvagem branco, 5677, como era costume todos os dias.
Foi uma decisão acertada, pois ele estava feliz. Tratou-a com muito carinho e marcaram outro dia para conversarem, demonstrando também, que se interessara por ela. Antes desse encontro, sempre que se encontravam, os olhares se cruzavam. A química era perfeita e era difícil, esconder o que estava acontecendo. finalmente chegara o dia em que marcaram; ele parou o carro e a chamou pra conversar. E assim começou um romance marcante em sua vida.
Ela boba, se deixou levar pela paixão e viveu com ele o mais lindo romance, sem notar as estranhezas que o fazia não ter muito interesse em estar com ela em público.
Ao final do primeiro ano, Gina descobriu que estava grávida. E, ainda que o medo a dominasse com a notícia, por causa dos seus pais, ela estava muito feliz! Sempre sonhou ser mãe e no seu casamento não conseguiu. Essa gravidez trouxe euforia porque sempre fora seu sonho e, principalmente, por ser filho daquele homem que amava tanto!
Ao receber o resultado do exame, sem se conter de felicidade, foi procurá-lo e mostrou o resultado. Ele incrédulo e sem demonstrar nenhuma emoção, começou um discurso tentando convencê-la a fazer um aborto.
No outro dia pela manha, por desacerto e para sua tristeza, um amigo fora em sua casa e ficaram sentados na escada conversando. Justamente nesse dia e nessa hora, ele foi levar umas injeções abortivas, que deveria tomar; porém, ao ver que ela conversava com outro, simplesmente, deixou o embrulho da farmácia em suas mãos e saiu, sem perguntar nada. Também não deu oportunidade dela lhe dizer uma palavra.
Daquele dia em diante ele não quis mais falar sobre o episódio, nem sequer, pra perguntar se ela havia tomado as injeções. Antes de qualquer coisa, fez um julgamento precipitado e condenou, achando que havia alguma coisa entre eles.
No outro dia pela manha, por desacerto e para sua tristeza, um amigo fora em sua casa e ficaram sentados na escada conversando. Justamente nesse dia e nessa hora, ele foi levar umas injeções abortivas, que deveria tomar; porém, ao ver que ela conversava com outro, simplesmente, deixou o embrulho da farmácia em suas mãos e saiu, sem perguntar nada. Também não deu oportunidade dela lhe dizer uma palavra.
Daquele dia em diante ele não quis mais falar sobre o episódio, nem sequer, pra perguntar se ela havia tomado as injeções. Antes de qualquer coisa, fez um julgamento precipitado e condenou, achando que havia alguma coisa entre eles.
***
Gina mudou-se com os pais para um bairro distante. As dificuldades de se verem eram cada dia maiores. Mas, quando por ventura acontecia, era apenas uma tentativa de convencê-la a extrair a criança. Mas ela havia criado tanto amor, que decidiu levar adiante, contrariando a todos.
Quando o bebezinho nasceu, ele não foi ver, nem quis saber. Disse que só aceitaria dar o nome a criança, se ela nunca mais o visse. Daquele dia em diante, ela se convenceu que de fato, ele não queria nada com os dois.
Ele era o caçula de 5 irmãos, com uma diferença de idade grande, entre o penúltimo e ele. Quando a mãe engravidou, já com uma idade avançada, não esperava que ainda fosse acontecer. E assim, ele fora muito cheio de vontades, não só por parte dos pais, bem como dos irmãos. E para não contrariá-lo, decidiram ignorar a criança. Ali, ninguém se compadecia com a dor de ninguém, a não ser a deles mesmos. Eles em nenhum momento se dispuseram, ao menos, a conhecer. Muito menos aventaram a possibilidade de solicitar exame de DNA, que já se fazia na época.
Assim, ela registou sozinha e criou seu filho, sem que ninguém conhecesse, ou quisesse ver.
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