quarta-feira

Primos


Primos

Pérola Bensabath – Parte I

Ela sabia que era linda. Mas sabia também que ele era seu primo. E para piorar a situação... Os parentes diziam que Alberto era seu “primo irmão”.
Há tempos ela sentia atração por aquele irmão-primo e há tempos ele a cortejava com joias, flores, beijinhos demorados no canto da boca... Demorados demais...
Ela estava com 16 aninhos e o adorado primo com 28. Diferença de idade? Para ambos isto não importava.
Era o fogo do amor no ar... em todos os seus matizes apimentados e coloridos.
Os dois se atraíam, os dois se amavam. Mas para aquela família tradicional seria tabu. Proibido!
Quando ela completou 17 anos resolveu oferecer uma festinha para os amigos e claro que o Alberto seria convidado. Ele talvez se sentisse deslocado devido a ter mais idade que a turma que estaria presente. Os amigos dele, que ela conhecia, estavam na sua faixa de idade.
Na festa, como uma princesa estava vestida e como tal princesa se sentia. Toda aquela produção tinha um alvo: o primo.
Quando ele chegou à festa vinha precedido de uma braçada de rosas vermelhas. Abraçou a aniversariante demoradamente e lhe segredou..." Leia o cartão e use o que contém o pacotinho".
Ela se dirigiu ao seu quarto e leu: após a meia noite estarei no quarto de hóspedes, use a calcinha vermelha que estou lhe presenteando e vá ao meu encontro...Farei você vivenciar seus primeiros momentos de mulher.
Primo-irmão? Diferença de idade? Nada impediria aquele encontro e outros mais que aconteceriam com intensa paixão.
(deixo para os leitores a continuação do romance, por conta das
suas imaginações...)

Lúcia Laborda – Parte II

Nem estava acreditando no que acabara de ler. Um suor frio lhe percorreu as faces. Sentiu que queimavam. Olhou no espelho e viu o rubor. Tentou acalmar o coração que batia acelerado e foi ao encontro dos convidados. Queria parecer tranqüila, mas, as palavras daquele bilhete, ainda ressoavam em sua lembrança.
Isso era tudo que sempre quis! Mas, naquele momento inesperado, sentiu uma enorme aflição. Aquelas palavras, primo irmão, nunca foram tão pesadas, quanto pareciam naquele momento. Estava Ali, dentre os convidados, porém, era apenas uma presença, porque seus pensamentos estavam distantes, naquela proposta tão encantadora que recebera.
Estava feliz e sorria como uma criança, que acabara de receber um brinquedo que tanto desejara. Em meio aos convidados e a família, já não conseguia disfarçar a ansiedade e o nervosismo. Uma dúvida pairava em sua cabeça: como se ausentar daquele espaço, sem que as pessoas notassem sua ausência? Como esquecer aquelas palavras, que pesaram tanto em sua consciência, sempre que encontrava aqueles olhos? Seria certo dar vazão aos sentimentos? Seria certo deixar aquele momento tão sonhado passar?
As dúvidas e perguntas que não encontrava respostas deixavam-na confusa. Naquele momento, decidiu conversar com sua amiga, que já conhecia aquela paixão silenciosa, aquele intenso amor silente, pelo primo.
Num instante passou uma idéia pela cabeça; chamou a amiga e foram até o quarto. Após uma conversa sobre o ocorrido, decidiram que ela iria ao encontro, enquanto a amiga atenderia a todos, se encarregando de dar uma desculpa pela ausência temporária da aniversariante, e foi ao encontro dos convidados.
Estava visivelmente nervosa! Ajeitou-se, colocou a calcinha conforme ele havia solicitado. Trêmula, mas, decidida, partiu em direção a realização daquele sonho acalentado por tanto tempo. Não permitiria que aquelas palavras, transformassem seu sonho em pesadelo.

DANIEL LOPES DE OLIVEIRA - Parte III

O relógio acabara de marcar meia-noite, e ELIZABETH, com medo que ele não fosse lhe esperar, caso ela demorasse, sorrateiramente disfarçou e se dirigiu ao quarto de hóspedes onde Alberto deveria estar. A porta do quarto estava apenas encostada. O quarto estava levemente iluminado por um abajur, onde Alberto havia colocado uma blusa para quebrar ainda mais a luminosidade, dando um aspecto sensual aonde iria se desenrolar um delicioso combate do amor, como ele esperava.
O coração lhe batia na boca. Sua ansiedade só não era maior do que sua excitação pelo que estava para acontecer. Sentia seu ventre latejarde tanta excitação. Ficava imaginando. Será que Alberto sabe que ainda sou virgem? Que ele vai ser o meu primeiro homem? Como será que ele vai reagir? Mas todos esses pensamentos logo desapareciam só em pensar na sua realização. Ao mesmo tempo, sentia uma inquietação ao lembrar que eram primos-irmãos. Mas o desejo era maior e esses pensamentos logo se desvaneciam.
Tomou coragem e entrou e, assim que seus olhos se acostumaram com a pouca iluminação, pode vê-lo. Alberto estava sem a camisa e mostrava toda a exuberância do seu corpo sarado. Na sua barriga se delineava toda a musculatura do seu abdome, formando o que se convencionou chamar de “barriga de tanquinho”. Ele veio ao seu encontro e enlaçou-a nos braços dando-lhe um longo beijo, com suas línguas provocando uma luta, como se fossem duas cobras. Uma querendo comer a outra. As mãos de ambos percorriam um o corpo do outro. E no auge da excitação sentiram que o momento havia chegado. Alberto a despiu lentamente, deixando-a apenas com a calcinha vermelha que havia lhe presenteado. Olhava aquele corpo de menina moça e não acreditava que tudo aquilo estava acontecendo. Tinha diante de si uma menina prestes a se tornar mulher, e esse pensamento o excitava ainda mais. Foi quando ela tomou a iniciativa e começou a tirar a roupa deAlberto, deixando-o apenas com uma pequena sunga, onde toda a sua excitação se revelava. Quando, finalmente, ela retirou essa última peça, pode ver o apêndice portentoso do seu primo. Já não podiam mais parar. O envolvimento era demais. Alberto docemente colocou-adeitada na cama, retirou o presente que lhe havia dado e pode, assim, contemplar na sua totalidade a exuberância daquele corpo de mulher. Então, ambos querendo a mesma coisa, num arrebatamento maior, uniram o côncavo e o convexo, e entre gritos e gemidos, que só não eram ouvidos pelos demais convidados, porque a sua amiga, num gesto de cumplicidade, havia aumentado o volume da música que estava tocando enquanto os convidados dançavam. Parece que ninguém havia notado a ausência da aniversariante, que retornou para a festa depois dequase duas horas. Tinha o rosto rosado e um brilho no olhar de quem havia ganhado um lindo e gostoso troféu. Alberto apareceu logo mais e, pelo seu olhar, também parecia ter encontrado o paraíso por ter sido o primeiro homem na vida da sua prima. ELIZABETH já estava pensando numa maneira de voltar a ficar a sós com Alberto, que havia deixado de ser um primo-irmão para ser o homem da sua vida!

Nenhum comentário: